
Kanu e Jeferson atuam em rivais do Vitória na Série B do Campeonato Brasileiro. Porém, não faz muito tempo que os dois defenderam as cores da equipe baiana. E essa passagem pela Toca do Leão ainda causa repercussões. O zagueiro e o lateral-direito acionaram o Vitória na Justiça Trabalhista e cobram valores que não foram pagos após a rescisão contratual.
A ação de Jeferson é a que reivindica maior valor. O lateral-direito pleiteia aproximadamente R$ 570 mil, que incluem verbas rescisórias do contrato de 2018, salário de abril, direitos de imagem de março e abril, o proporcional do 13ª salário e das férias de 2019, FGTS não recolhido, multas e danos morais pelo afastamento.
Jeferson foi contratado em 2018, emprestado pela Ponte Preta. No fim da temporada passada, o Vitória decidiu renovar o empréstimo com a Macaca para 2019. Porém, após quatro meses, o lateral-direito foi afastado. No fim do mesmo mês, ele entrou em acordo com o Rubro-Negro baiano e foi repassado ao Vila Nova.
Na ação, os advogados de Jeferson afirmam que o Vitória reconheceu as dívidas com o jogador no ato da rescisão e se comprometeu a pagar cerca de R$ 109 mil em quatro parcelas, a primeira delas em maio. Porém, o repasse não foi depositado, o que levou o atleta a acionar a Justiça. Também consta no processo que, ao repassar o lateral ao Vila Nova, o Vitória concordou em pagar seu direito de imagem até o fim do ano, o que resulta em uma quantia total de R$ 192 mil. Os danos morais e as multas engrossam a quantia reivindicada.
A audiência inicial foi marcada para o dia 16 de julho, na 32ª Vara do Trabalho de Salvador.
Já o zagueiro Kanu pede, na Justiça, cerca de R$ 380 mil do Vitória. Atualmente no Oeste, o defensor foi dispensado pelo clube baiano em outubro de 2018. Segundo o processo, no ato da rescisão, o Vitória aceitou arcar com os três meses de vencimentos que restavam até o fim do contrato, mas propôs quitar o valor em quatro parcelas, com multa em caso de descumprimento. Nenhuma delas foi paga. No início deste ano, houve uma nova negociação e a quantia foi parcelada em 16 vezes, com nova multa estipulada.
Os advogados do zagueiro reclamam que apenas duas parcelas do acordo foram pagas, referentes aos meses de janeiro e fevereiro. Assim, Kanu acionou o clube judicialmente. O jogador reivindica o pagamento do salário remanescente de outubro, quatro meses de FGTS não recolhido, proporcional de férias e 13º de 2018, além do pagamento de multas. A audiência inicial foi marcada para o dia 18 de junho, na 33ª Vara do Trabalho de Salvador.
O diretor jurídico do Vitória, Dilson Pereira Júnior, afirmou ao GloboEsporte.com que o clube ainda não foi notificado.
Os dois atletas são representados pelos advogados Filipe Rino e Thiago Rino, que procurados, não quiserem falar sobre o assunto.