O Consórcio do Nordeste já entrou em contato com as embaixadas russa e chinesa para garantir o interesse da Bahia e toda região nordestina nas vacinas que são produzidas contra a Covid-19.
Segundo o governador da Bahia e presidente do Consórcio, Rui Costa (PT), em entrevista à TV Bahia, na segunda-feira (03), o contato foi feito com o intuito de demonstrar que a região tem disponibilidade para ajudar a fazer os testes das vacinas e “eventualmente participar do processo de vacinação”.
Ainda segundo Rui, a Bahia participa dos testes realizados pela empresa norte-americana Pfizer, que realiza o procedimento em parceria com a Instituição Irmã Dulce.
“A Bahia já está participando [dos testes] através da Instituição Irmã Dulce dos testes da Pfizer, que é uma empresa americana. É importante que nós estejamos inseridos nos diversos fabricantes, para que possamos ter, em breve, a disponibilidade dessas vacinas aqui no Nordeste e na Bahia”, afirmou.
Rui também explicou que a intenção da Bahia é participar integrando a pesquisa. Pesquisadores das universidades baianas já começaram a ser convocados para que ajudem no desenvolvimento da vacina. Ele explicou, contudo, que não há prazo para o início da aplicação das vacinas, mas acredita que possa ser realizada em 2021.
“Nós queremos fazer uma parceria com nossas universidades, nossos institutos, com a BahiaFarma, e também participando com a equipe da Saúde e fazendo os testes. Temos que integrar a ciência, a pesquisa. Nós temos vários institutos de pesquisa, de ciência. Temos pesquisadores aqui nas nossas universidades. E o que nós queremos, além de ter acesso à vacina, é ajudar a desenvolver a pesquisa e a ciência aqui no nosso estado, colocando em contato e integrando as equipes de baianos e baianas com as equipes internacionais que estão desenvolvendo estas vacinas”, disse.
“É uma corrida para ver quem chega primeiro e, evidentemente, com toda a segurança, nós queremos participar desses testes. Nós não estamos fixando um prazo. Cada anúncio que sai, parece que daqui a um mês teremos a vacina. Não tem em nosso horizonte nenhuma produção de curto prazo. Acho que todas as vacinas que chegarem primeiro só estarão disponíveis, na melhor das hipóteses, na virada do ano”, pontuou ele.