Bahia já registrou 12 óbitos por câncer de mama este ano

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Tribuna da Bahia

O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor. Esse é o tipo de câncer que mais mata mulher em todo o mundo. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), 12 pessoas já foram a óbito este ano. No ano passado foram 1.004 vítimas fatais da doença.

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) mostra que há vários tipos de câncer de mama. Por isso, a doença pode evoluir de diferentes formas. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem mais lentamente. “Esses comportamentos distintos se devem a característica próprias de cada tumor. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença”, esclarece o órgão.

A médica mastologista Daniela Almeida, explica que uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, mostra que o consumo abusivo de álcool aumentou 42,9% entre o público feminino. “Mesmo em quantidades limitadas esse é um fator de risco para o desenvolvimento de vários tipos de tumores, incluindo o câncer de mama”, lembra.

A pesquisa mostra, ainda, que associação de uma vida profissional e social mais ativa e estressante, com o consumo maior de bebidas alcoólicas está aumentando o número de casos de câncer de mama entre as brasileiras. “Essa mudança de comportamento, junto com outros fatores de risco, colabora para o crescimento de casos que deve chegar a 66 mil a cada ano do triênio 2020-2022”, disse a especialista.

No Brasil, grande parte da população acredita que existe um nível considerado seguro para o consumo de bebidas alcoólicas, o chamado beber socialmente e com moderação. “Para a Organização Mundial de Saúde não existe esse nível seguro para o consumo de álcool. Por isso é preciso estar atento à relação entre dose-resposta para a bebida alcoólica, ou seja, quanto maior o consumo, maior o risco de câncer”, ressalta.

Segundo Daniela Almeida, sendo o álcool, um dos fatores que causam o aparecimento de tumores, ele dificulta a absorção de vitaminas e favorece a entrada de outras substâncias carcinogênicas nas células, a exemplo do fumo. “Estudos científicos indicam que fumantes que consomem bebidas alcoólicas podem apresentar um risco ainda maior de desenvolver câncer. Isso porque são dois fatores potencializadores que podem agir em conjunto”, explica.

A médica chama atenção para a importância de cuidar de todos os fatores que contribuem o aparecimento do câncer de mama. “É preciso repensar o estilo de vida e os hábitos alimentares. Consumo de bebida alcoólica, tabagismo, obesidade e sobrepeso após a menopausa, sedentarismo e histórico familiar são fatores de risco e precisam ser observados com o mesmo grau de importância”, afirma à mastologista.

A especialista ressalta a importância de que a mulher conheça seu próprio corpo e observe sinais e sintomas. “Nódulos nas mamas e axilas são algumas das principais manifestações. Outros sintomas como a pele da mama avermelhada ou retraída e a saída de líquido anormal nos mamilos também são alertas para o câncer. Ter uma postura atenta em relação à saúde das mamas e fazer acompanhamento médico periódico é fundamental para a detecção precoce do câncer da mama”, conclui.

TRATAMENTO

Para o tratamento de câncer de mama, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece todos os tipos de cirurgia, como mastectomias, cirurgias conservadoras e reconstrução mamária, além de radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e tratamento com anticorpos.

A lei nº 12.732, de 2012, estabelece que o paciente com neoplasia maligna tem direito de se submeter ao primeiro tratamento no SUS, no prazo de até 60 dias a partir do dia em que for firmado o diagnóstico em laudo patológico ou em prazo menor, conforme a necessidade terapêutica do caso.

É importante reforçar que, para que o prazo da lei seja garantido a todo usuário do SUS, é necessária uma parceria direta dos gestores locais, responsáveis pela organização dos fluxos de atenção. Estados e municípios possuem autonomia para organizar a rede de atenção oncológica e o tempo para realizar diagnóstico depende da organização e regulação desses serviços.

O tratamento do câncer de mama é feito por meio de uma ou várias modalidades combinadas. O médico vai escolher o tratamento mais adequado de acordo com a localização, o tipo do câncer e a extensão da doença.

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O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor. Esse é o tipo de câncer que mais mata mulher em todo o mundo. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), 12 pessoas já foram a óbito este ano. No ano passado foram 1.004 vítimas fatais da doença.

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) mostra que há vários tipos de câncer de mama. Por isso, a doença pode evoluir de diferentes formas. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem mais lentamente. “Esses comportamentos distintos se devem a característica próprias de cada tumor. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença”, esclarece o órgão.

A médica mastologista Daniela Almeida, explica que uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, mostra que o consumo abusivo de álcool aumentou 42,9% entre o público feminino. “Mesmo em quantidades limitadas esse é um fator de risco para o desenvolvimento de vários tipos de tumores, incluindo o câncer de mama”, lembra.

A pesquisa mostra, ainda, que associação de uma vida profissional e social mais ativa e estressante, com o consumo maior de bebidas alcoólicas está aumentando o número de casos de câncer de mama entre as brasileiras. “Essa mudança de comportamento, junto com outros fatores de risco, colabora para o crescimento de casos que deve chegar a 66 mil a cada ano do triênio 2020-2022”, disse a especialista.

No Brasil, grande parte da população acredita que existe um nível considerado seguro para o consumo de bebidas alcoólicas, o chamado beber socialmente e com moderação. “Para a Organização Mundial de Saúde não existe esse nível seguro para o consumo de álcool. Por isso é preciso estar atento à relação entre dose-resposta para a bebida alcoólica, ou seja, quanto maior o consumo, maior o risco de câncer”, ressalta.

Segundo Daniela Almeida, sendo o álcool, um dos fatores que causam o aparecimento de tumores, ele dificulta a absorção de vitaminas e favorece a entrada de outras substâncias carcinogênicas nas células, a exemplo do fumo. “Estudos científicos indicam que fumantes que consomem bebidas alcoólicas podem apresentar um risco ainda maior de desenvolver câncer. Isso porque são dois fatores potencializadores que podem agir em conjunto”, explica.

A médica chama atenção para a importância de cuidar de todos os fatores que contribuem o aparecimento do câncer de mama. “É preciso repensar o estilo de vida e os hábitos alimentares. Consumo de bebida alcoólica, tabagismo, obesidade e sobrepeso após a menopausa, sedentarismo e histórico familiar são fatores de risco e precisam ser observados com o mesmo grau de importância”, afirma à mastologista.

A especialista ressalta a importância de que a mulher conheça seu próprio corpo e observe sinais e sintomas. “Nódulos nas mamas e axilas são algumas das principais manifestações. Outros sintomas como a pele da mama avermelhada ou retraída e a saída de líquido anormal nos mamilos também são alertas para o câncer. Ter uma postura atenta em relação à saúde das mamas e fazer acompanhamento médico periódico é fundamental para a detecção precoce do câncer da mama”, conclui.

TRATAMENTO

Para o tratamento de câncer de mama, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece todos os tipos de cirurgia, como mastectomias, cirurgias conservadoras e reconstrução mamária, além de radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e tratamento com anticorpos.

A lei nº 12.732, de 2012, estabelece que o paciente com neoplasia maligna tem direito de se submeter ao primeiro tratamento no SUS, no prazo de até 60 dias a partir do dia em que for firmado o diagnóstico em laudo patológico ou em prazo menor, conforme a necessidade terapêutica do caso.

É importante reforçar que, para que o prazo da lei seja garantido a todo usuário do SUS, é necessária uma parceria direta dos gestores locais, responsáveis pela organização dos fluxos de atenção. Estados e municípios possuem autonomia para organizar a rede de atenção oncológica e o tempo para realizar diagnóstico depende da organização e regulação desses serviços.

O tratamento do câncer de mama é feito por meio de uma ou várias modalidades combinadas. O médico vai escolher o tratamento mais adequado de acordo com a localização, o tipo do câncer e a extensão da doença.

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