A equipe dos Galáticos entrou em contato com o técnico do Vitória, Geninho, e bateu um papo sobre sua chegada ao clube em 2019, renovação, coronavírus e o porque ele não aceitou o convite do Avaí, para ser Diretor de futebol, onde ele teve belas passagens.
Perguntado sobre como está sendo sua rotina diária frente aos transtornos proibições que surgiram por causa da pandemia, Geninho falou que está tentando se ocupar e que torce para que essa crise passe o mais rápido possível.
“Tenho feito o que me permite, alguma movimentação, para tomar um pouco do tempo. Tenho lido bastante e acompanhando basicamente o futebol, vendo jogos antigos. Estou tentando me ocupar, e orando muito para que essa situação passe logo”, comentou o treinador.
Ele lembrou também como era complicado o momento do Leão quando ele chegou ao clube e diz que foi chamado até de maluco por pessoas próximas a ele, mas que nem isso tirou a vontade dele de treinar o Rubro-negro.
“Era uma situação realmente difícil. O clube vinha numa situação técnica muito ruim, estava na zona de rebaixamento, onde o time tinha mais de 80% de chances de cair. Amigos me chamaram de louco por aceitar treinar o Vitória naquela situação, mesmo assim aceitei o desafio”.
E precisando fazer o time render e conquistar pontos dentro e fora de casa, ele viu o grupo engajado em lutar até o fim para fugir da catástrofe que seria uma queda para a série C. Com o isso o time brigou até o fim e priorizou basicamente o resultado.
“Jogamos basicamente pelo resultado, o importante era vencer e se livrar do rebaixamento. A postura do grupo em mudar a situação foi muito importante. A diretoria também, que tirou leite de pedra e conseguimos alcançar nosso objetivo”, lembrou Geninho.
Fugindo do descenso e garantindo a permanência na série B, Geninho sentou para conversar com o presidente do clube, Paulo Carneiro, para saber qual o planejamento do Vitória na temporada de 2020. Planejamento esse, que, chamou sua atenção a volta do trabalho forte com a base do clube, priorizar os jovens pratas da casa.
“Me foi passado o planejamento que seria de trabalhar com os jovens, voltar a origem de sucesso do clube. Senti numa conversa com o Paulo Carneiro, que esse ano seria totalmente diferente de 2019. O time vinha bem nas comparações até a paralisação. O grande objetivo do Vitória é voltar para a Série A”, disse Geninho que ainda completou falando sobre as contratações pontuais.
“Basicamente buscamos contratar destaques da Série B para juntar com a garotada da nossa base, para chegarmos ao objetivo de retornar à Série A”.
Questionado sobre seu relacionamento no dia a dia de trabalho com o auxiliar Bruno Piveti, Geninho elogia a linha moderna que ele utiliza e diz que apesar dele ter a palavra final, todo o trabalho entre eles é conjunto.
“Nós dividimos nosso treinamento. O Bruno vem numa linha mais moderna do futebol. Nos completamos. Tudo que é feito dentro do campo passa por mim e o Bruno tem total liberdade no seu trabalho. Nós estamos dividindo muito bem o trabalho, o trabalho todo é feito em conjunto. A decisão final é minha, mas dou toda a liberdade para quem trabalha comigo exercer suas atividades”.
(Geninho e seu auxiliar, Bruno Pivetti conversam durante treino. Foto: Letícia Martins/EC Vitória)
O treinador também diz que não tem um planejamento feito, ainda, para o resto da temporada e explica que é devido a falta de certeza de quando os treinamentos e competições voltarão.
“Eu acho que isso não vai acabar tão rápido, mas torço para que acabe. Então, não tenho planificação nenhuma ainda”. Acho que os campeonatos não voltam antes do fim de maio. Temos que ver como as coisas ficarão, por mais que os jogadores estejam se exercitando, não é a preparação ideal. Precisaremos de umas duas semana de preparação antes do retorno total aos jogos”.
Ele completou explicando o porque não aceitou o convite do Avaí, clube onde ele teve boas passagens.
“Ainda não me vejo como diretor. Não tenho frescura de copiar as ideias boas, aprendi muito nesses 50 anos de futebol, mas ainda não me vejo como diretor. Na verdade nem sei se serei diretor quando sair do campo, talvez eu até possa parar de vez. Tenho ótimo relacionamento no Avaí, mas não aceitei o convite por não me ver como diretor”, completou.