O ex-assessor Fabrício Queiroz, apontado como operador de um esquema de lavagem de dinheiro e peculato no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, apresentou informações “falsas” às autoridades, de acordo com documentos anexados à investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). A informação é do G1.
Os registros apresentados pela defesa dão a entender que Queiroz teria endereço fixo no Rio de Janeiro, onde moraria com a família e estaria fazendo uma reforma em casa. No dia 5 de julho do ano passado, já em Atibaia (SP), ele fez uma compra no valor de mais de R$ 50 mil em uma loja de móveis do Jardim Botânico, bairro nobre da zona sul carioca.
Ele informou morar na rua Frei Luiz Alevato, na Taquara, e a entrega era para outro imóvel no mesmo bairro, na Rua Meringuava, onde hoje ele cumpre prisão domiciliar ao lado da esposa, Márcia Aguiar.
O contrato com a loja, obtido pelo portal G1, aponta que as quantias foram parceladas e pagas parte em dinheiro e parte em boletos. A entrada foi de R$ 30 mil, mas não é possível saber a forma de quitação.
Os investigadores afirmam que, sem o salário que recebia na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Queiroz teria uma renda oficial de cerca de R$ 11 mil mensais, recebidos por ser policial militar aposentado. Assim, a compra total teve valor cerca de cinco vezes maior do que os rendimentos dele.
A defesa de Queiroz ainda apresentou ao Ministério Público uma cópia de uma conta de luz como comprovante de que o ex-assessor residiria na rua Frei Luiz Alevato. O documento foi anexado a um ofício enviado como resposta a uma solicitação da Promotoria, que pediu à defesa do ex-policial um endereço fixo como condição para que os advogados tivessem acesso aos autos.
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