A perda de olfato causada pelo novo coronavírus pode ser permanente em alguns casos, indica estudo realizado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, que analisou a presença do sintoma em pacientes durante dois meses.
A pesquisa foi conduzida pelo departamento de rinologia da instituição, que avaliou um grupo de pacientes que apresentou hiposmia (baixa sensibilidade olfativa) ou anosmia (diminuição ou perda absoluta do olfato) como sintoma inicial da Covid-19.
Em um período médio de dois meses, 143 pacientes foram reavaliados, e, destes, a perda da capacidade olfativa persistiu em 5% dos casos. O HC destaca que o tratamento precoce da condição maximiza as chances de recuperação completa dos sentidos. Os outros 95% reportaram recuperação total ou parcial dos sentidos. O estudo, com 655 pessoas, está em processo de revisão por uma revista científica.
A perda da capacidade olfativa é um dos sintomas iniciais da Covid-19 mais comuns. Um estudo realizado por pesquisadores europeus avaliou a incidência da condição em 2.013 pacientes diagnosticados com Covid-19. Destes, 87% relataram perde de olfato com um de seus sintomas, e outros 56% afirmaram ter sentido também a perda do paladar.
CNN