No 12º dia de sintomas da Covid-19, a jovem Carolina Lopes, santoantoniense, que testou para a doença está isolada da família desde a última segunda-feira (08) quando fez o exame em uma clínica particular. Em entrevista ao Blog do Valente, Carolina relatou que os primeiros sintomas surgiram dia 31 de maio, sendo que entrou em contato com o 155, número disponibilizado pela secretaria de Saúde ajudar pessoas com sintomas da doença, porém não obteve retorno. “A única coisa dita foi para eu ficar em isolamento domiciliar e se tivesse um sintoma muito grave, tipo febre alta ou alta de ar, eu deveria procurar o posto de saúde”, contou. Diante disso, após sentir falta de ar, ela procurou a unidade de saúde de seu bairro, explicou a situação, fizeram a ficha, dela, da irmã e mãe que também já estavam com os sintomas. “O que foi comunicado é que entrariam em contato comigo para ser feito o acompanhamento, iriam encaminhar para a Vigilância Sanitária e fariam o teste, alguma coisa assim, mas ninguém entrou em contato”, detalhou.
De acordo Carolina, a iniciativa de fazer o teste em uma clínica particular se deu pela não assistência da Secretaria de Saúde. Outras pessoas da casa estavam com sintomas, mas, por falta de recursos, apenas ela fez o teste e deu positivo. Após confirmação, um familiar entrou em contato com o Núcleo da Covid-19 do município e informou o resultado positivo do exame, pedindo o acompanhamento médico. “Só que não adiantou nada, porque na terça-feira, eu passei mal, muita falta de ar, fraqueza no corpo, entrei em contato, falei que precisava de uma orientação médica, mas de terça-feira (09) até hoje (12), nenhum médico entrou em contato comigo”, afirmou.
De acordo Carol, a secretaria só entrou em contato nesta quinta-feira (11) para saber seu estado de saúde. “A moça me falou que a Vigilância só tinha passado meu resultado positivo na quarta-feira (10). Então, como é que fiz meu teste na segunda-feira (08) sem acompanhamento médico e a secretaria só entra em contato comigo na quinta-feira?”, questionou.
Carolina relatou que tem um tio internado no hospital do Subúrbio em Salvador com a Covid-19, entretanto, segundo ela, o município não procurou os demais familiares para acompanhamento. “Para você ter ideia, são 22 pessoas na mesma casa, 7 são do grupo de risco. Meu tio hoje está entubado, em estado gravíssimo. Minha preocupação maior é com esses 7 da minha família que são do grupo de risco”, pontuou.
Fonte: Blog do Valente