Infectada duas vezes com a Covid-19, a técnica de enfermagem Gabriela Carla da Silva, de 24 anos, relata ter vivido uma falsa sensação de segurança quando voltou a apresentar sintomas da doença.
Com o segundo diagnóstico em 50 dias, entre maio e julho, a jovem que atua na rede pública de saúde de Ribeirão Preto (SP) conta que não acreditava na possibilidade de voltar a ter o novo coronavírus até fazer o teste por recomendação de colegas de trabalho.
“Eu estava com bastante dor de garganta, o nariz bem congestionado, bastante coriza, muita dor de cabeça, até mais do que a primeira vez e aí falei: ‘mas não pode ser Covid, porque eu já tive Covid’. Continuei trabalhando porque eu já tinha tido, não pensava que poderia ser”, diz.
A reincidência do vírus na jovem, considerada rara pelos médicos, será investigada pela USP de Ribeirão Preto (SP) e será levada à comunidade científica internacional. Segundo os pesquisadores, há registro de apenas outro caso semelhante ao de Gabriela, em Boston, nos Estados Unidos.
O médico infectologista Marcos Boulos, chefe da Superintendência de Controle de Endemias de São Paulo e ex-diretor da Faculdade de Medicina da USP, acredita ser “difícil” uma reinfecção pelo novo coronavírus em tão pouco tempo.
G1