Ai meu coração: doenças cardíacas estão em alta e você precisa se cuidar

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Número de mortes por doenças cardiovasculares cresceu 132% no Brasil durante pandemia

Um estudo divulgado este ano por um grupo de pesquisadores das Universidades Federais do Rio de Janeiro e Minas Gerais, em conjunto com a Sociedade Brasileira de Cardiologia e o Hospital Alberto Urquiza Wanderley, concluiu que o número de mortes por doenças cardiovasculares cresceu até 132% no Brasil desde o início da pandemia. Aspectos como a redução na prática de atividades físicas, queda na qualidade da alimentação, ansiedade, stress e mesmo a ausência dos cuidados médicos de rotina foram fundamentais para a construção deste quadro. Para falar sobre o assunto, o jornalista Jorge Gauthier recebeu, na última terça-feira (11), a cardiologista da Rede Sabin, Ana Marice Ladeia, para mais uma edição do Saúde e Bem-Estar – programa transmitido ao vivo, no Instagram do Jornal Correio.

Durante a conversa, a médica Ana Marice falou que as doenças cardiovasculares são antigas conhecidas dos brasileiros. Ela ressaltou que o seu surgimento pode estar ligado a hábitos não saudáveis por vezes deixados de lado em função da rotina. Com a chegada da pandemia, a também professora titular da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública também destacou que tornou-se notável a queda na busca por consultas de rotina e atendimento na presença de sintomas.

“Infelizmente, as pessoas por medo da Covid-19, e desinformação, acabaram deixando de buscar as consultas médicas e até procurar o atendimento mesmo com sintomas que indicavam anomalias cardiovasculares, aumentando a ocorrência de infartos e AVCs, por exemplo” Ana Marice Ladeia, cardiologista da Rede Sabin.

Ana Marice Ladeia, cardiologista da Rede Sabin (Foto: Divulgação / Rede Sabin)

A especialista apontou que a visita ao cardiologista deve ser realizada a cada seis meses e a pressão arterial deve ser aferida com regularidade, já que a alteração pode se manifestar como um sintoma sutil. Em caso de sintomas, como dores no peito que irradiam para os braços e pescoço, deve-se ligar o sinal de alerta e a busca por atendimento deve ser imediata. “Além disso, a pessoa que está suando frio, coração acelerado, cefaleia forte com vômito e até tontura devem procurar atendimento com urgência pois o quadro pode ser elevado ao evento conhecido como derrame”, disse.

Prevenção
Estar à frente dos sintomas, segundo a cardiologista, é a melhor estratégia a ser adotada para evitar problemas com o coração. A prática regular de exercícios físicos e o cuidado com a alimentação são duas das principais ferramentas para ter uma boa saúde cardiovascular. “Os dois principais aliados das doenças do coração são os carboidratos e as gorduras saturadas. Diversos estudos apontam que a dieta mediterrânea é a mais indicada para quem quer evitar problemas cardíacos, pois ela é rica em frutas, legumes e oleaginosas, como amêndoas e castanhas, que possuem nutrientes essenciais para a redução de riscos”, relatou. Ela também pontuou que a introdução de hábitos saudáveis na rotina das crianças é fundamental para fugir de problemas futuros.

Além disso, o controle das altas cargas de stress e ansiedade também é de grande importância para contornar a manifestação das doenças cardiovasculares. “O stress é o grande responsável pelas anomalias do sistema cardiovascular, por isso é importante estar atento à qualidade de vida emocional e mental para que isso não venha interferir na pressão arterial. Hoje 30% dos infartos agudos são fatais”, relatou a cardiologista da Rede Sabin.

Quem já possui algum tipo de problema cardiovascular, a atenção deve ser redobrada no período de pandemia, já que a presença deste tipo de comorbidade aumenta a propensão às complicações inerentes de infecção por coronavírus. “No ciclo da Covid-19, existe um período que chamamos de tempestade inflamatória, na qual o paciente pode apresentar coagulação e inflamações pulmonares. A agressão vascular nesse período é muito grande podendo levar uma pessoa que já possui uma condição pré-existente a não resistir à doença. Por isso é fundamental redobrar os cuidados”, ressaltou a médica.

FONTE: CORREIO DA BAHIA

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Um estudo divulgado este ano por um grupo de pesquisadores das Universidades Federais do Rio de Janeiro e Minas Gerais, em conjunto com a Sociedade Brasileira de Cardiologia e o Hospital Alberto Urquiza Wanderley, concluiu que o número de mortes por doenças cardiovasculares cresceu até 132% no Brasil desde o início da pandemia. Aspectos como a redução na prática de atividades físicas, queda na qualidade da alimentação, ansiedade, stress e mesmo a ausência dos cuidados médicos de rotina foram fundamentais para a construção deste quadro. Para falar sobre o assunto, o jornalista Jorge Gauthier recebeu, na última terça-feira (11), a cardiologista da Rede Sabin, Ana Marice Ladeia, para mais uma edição do Saúde e Bem-Estar – programa transmitido ao vivo, no Instagram do Jornal Correio.

Durante a conversa, a médica Ana Marice falou que as doenças cardiovasculares são antigas conhecidas dos brasileiros. Ela ressaltou que o seu surgimento pode estar ligado a hábitos não saudáveis por vezes deixados de lado em função da rotina. Com a chegada da pandemia, a também professora titular da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública também destacou que tornou-se notável a queda na busca por consultas de rotina e atendimento na presença de sintomas.

“Infelizmente, as pessoas por medo da Covid-19, e desinformação, acabaram deixando de buscar as consultas médicas e até procurar o atendimento mesmo com sintomas que indicavam anomalias cardiovasculares, aumentando a ocorrência de infartos e AVCs, por exemplo” Ana Marice Ladeia, cardiologista da Rede Sabin.

Ana Marice Ladeia, cardiologista da Rede Sabin (Foto: Divulgação / Rede Sabin)

A especialista apontou que a visita ao cardiologista deve ser realizada a cada seis meses e a pressão arterial deve ser aferida com regularidade, já que a alteração pode se manifestar como um sintoma sutil. Em caso de sintomas, como dores no peito que irradiam para os braços e pescoço, deve-se ligar o sinal de alerta e a busca por atendimento deve ser imediata. “Além disso, a pessoa que está suando frio, coração acelerado, cefaleia forte com vômito e até tontura devem procurar atendimento com urgência pois o quadro pode ser elevado ao evento conhecido como derrame”, disse.

Prevenção
Estar à frente dos sintomas, segundo a cardiologista, é a melhor estratégia a ser adotada para evitar problemas com o coração. A prática regular de exercícios físicos e o cuidado com a alimentação são duas das principais ferramentas para ter uma boa saúde cardiovascular. “Os dois principais aliados das doenças do coração são os carboidratos e as gorduras saturadas. Diversos estudos apontam que a dieta mediterrânea é a mais indicada para quem quer evitar problemas cardíacos, pois ela é rica em frutas, legumes e oleaginosas, como amêndoas e castanhas, que possuem nutrientes essenciais para a redução de riscos”, relatou. Ela também pontuou que a introdução de hábitos saudáveis na rotina das crianças é fundamental para fugir de problemas futuros.

Além disso, o controle das altas cargas de stress e ansiedade também é de grande importância para contornar a manifestação das doenças cardiovasculares. “O stress é o grande responsável pelas anomalias do sistema cardiovascular, por isso é importante estar atento à qualidade de vida emocional e mental para que isso não venha interferir na pressão arterial. Hoje 30% dos infartos agudos são fatais”, relatou a cardiologista da Rede Sabin.

Quem já possui algum tipo de problema cardiovascular, a atenção deve ser redobrada no período de pandemia, já que a presença deste tipo de comorbidade aumenta a propensão às complicações inerentes de infecção por coronavírus. “No ciclo da Covid-19, existe um período que chamamos de tempestade inflamatória, na qual o paciente pode apresentar coagulação e inflamações pulmonares. A agressão vascular nesse período é muito grande podendo levar uma pessoa que já possui uma condição pré-existente a não resistir à doença. Por isso é fundamental redobrar os cuidados”, ressaltou a médica.

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