Associação de baianas de acarajé repudia ataque de turistas: “Chibatadas no povo negro”

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A Associação Nacional das Baianas de Acarajé divulgou uma nota em que repudia os ataques feitos por dois turistas a uma vendedora do quitute no Pelourinho, em Salvador. Em um vídeo que viralizou nas redes saociais, eles aparecem filmando a trabalhadora, de longe, enquanto faziam declarações preconceituosas, chamando-a de “macumbeira”, “marmoteira” e “preguiçosa”.

Após repercussão negativa, um deles publicou uma retratação em sua conta no Instagram e negou que tivessem dirigido as ofensas à baiana de acarajé, mas, sim, a alguém que dizia estar “vendendo axé”. “E quem realmente é da religião, sabe que axé não se vende. Você abençoa uma pessoa e ela dá aquilo o que ela pode.Foi uma brincadeira entre amigos que a gente postou, uma infelicidade”, diz Ludvick Rego, um dos turistas que aparecem no vídeo.

Em seguida, ambos rafirmam que não humilhariam uma trabalhadora e que a brincadeira foi contra uma pessoa que estava os pertubando.

Para a associação que representa as baianas de acarajé, as palavras de “baixo calão” e “ofensivas” demonstram mais um caso de racismo estrutural. “Nós, da Associação Nacional das Baianas de Acarajé, alertamos a todo instante sobre a importância em NÃO disseminar o racismo, preconceito e forma perversa de dar continuidade aos maus-tratos que só geram dores e tristezas”, diz a entidade.

A seguir, leia a íntegra da nota de repúdio da Associação Nacional das Baianas de Acarajé:

“Nós, da Associação Nacional das Baianas de Acarajé, alertamos a todo instante sobre a importância em NÃO disseminar o racismo, preconceito e forma perversa de dar continuidade aos maus tratos que só geram dores e tristezas.  
Por essa razão, viemos em público acolher essa Senhora, que não é Baiana de Acarajé, mas ganha seu sustento no ponto turístico de Salvador com seu dom de cura com as folhas e boas energias, acolhendo baianos e turistas que solicitam seu serviço. Portanto Senhor @Ludivickrego e toda sua cúpula que compactua em continuar as chibatadas em nosso povo de negro, de axé e que ganha o sustento da sua família com trabalho digno, merece nosso total respeito e empatia, não vamos tolerar essa sua afirmação tão absurda e cheia de deboche. 
O Novembro Negro existe para que pessoas como você se eduque e busque dissolver o racismo estrutural para que o mesmo não seja reproduzido.
Olá Ludvick, nós da Associação das Baianas de Acarajé viemos em público deixar claro que a Senhora ofendida por vc e seu amigo, não é uma Baiana de Acarajé, mas sim uma mulher que ganha seu sustento com serviço de receptivo, proteção e troca de saberes e fazeres através das folhas sagradas. Não há em lugar algum o impedimento deste tipo de serviço, caso a Sra estivesse sendo inoportuna bastava o Sr colocar pra ela o seu desinteresse no serviço oferecido, mas não fazer um vídeo com palavras de baixo calão e ofensivas.
Repudiamos totalmente sua postura e acredito que seu vídeo com pedido de desculpas publicado há pouco segue reforçando sua falta de entendimento sobre o serviço oferecido pela Senhora e a importância de uma Baiana de Acarajé que é reconhecida nacionalmente como Patrimônio Imaterial do Brasil.
Revise sua postura no seu vídeo de retratação e busque leituras, vídeos, palestras que te façam entender nossas dores e desejo absoluto por respeito.”

(Metro1)

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Após repercussão negativa, um deles publicou uma retratação em sua conta no Instagram e negou que tivessem dirigido as ofensas à baiana de acarajé, mas, sim, a alguém que dizia estar “vendendo axé”. “E quem realmente é da religião, sabe que axé não se vende. Você abençoa uma pessoa e ela dá aquilo o que ela pode.Foi uma brincadeira entre amigos que a gente postou, uma infelicidade”, diz Ludvick Rego, um dos turistas que aparecem no vídeo.

Em seguida, ambos rafirmam que não humilhariam uma trabalhadora e que a brincadeira foi contra uma pessoa que estava os pertubando.

Para a associação que representa as baianas de acarajé, as palavras de “baixo calão” e “ofensivas” demonstram mais um caso de racismo estrutural. “Nós, da Associação Nacional das Baianas de Acarajé, alertamos a todo instante sobre a importância em NÃO disseminar o racismo, preconceito e forma perversa de dar continuidade aos maus-tratos que só geram dores e tristezas”, diz a entidade.

A seguir, leia a íntegra da nota de repúdio da Associação Nacional das Baianas de Acarajé:

“Nós, da Associação Nacional das Baianas de Acarajé, alertamos a todo instante sobre a importância em NÃO disseminar o racismo, preconceito e forma perversa de dar continuidade aos maus tratos que só geram dores e tristezas.  
Por essa razão, viemos em público acolher essa Senhora, que não é Baiana de Acarajé, mas ganha seu sustento no ponto turístico de Salvador com seu dom de cura com as folhas e boas energias, acolhendo baianos e turistas que solicitam seu serviço. Portanto Senhor @Ludivickrego e toda sua cúpula que compactua em continuar as chibatadas em nosso povo de negro, de axé e que ganha o sustento da sua família com trabalho digno, merece nosso total respeito e empatia, não vamos tolerar essa sua afirmação tão absurda e cheia de deboche. 
O Novembro Negro existe para que pessoas como você se eduque e busque dissolver o racismo estrutural para que o mesmo não seja reproduzido.
Olá Ludvick, nós da Associação das Baianas de Acarajé viemos em público deixar claro que a Senhora ofendida por vc e seu amigo, não é uma Baiana de Acarajé, mas sim uma mulher que ganha seu sustento com serviço de receptivo, proteção e troca de saberes e fazeres através das folhas sagradas. Não há em lugar algum o impedimento deste tipo de serviço, caso a Sra estivesse sendo inoportuna bastava o Sr colocar pra ela o seu desinteresse no serviço oferecido, mas não fazer um vídeo com palavras de baixo calão e ofensivas.
Repudiamos totalmente sua postura e acredito que seu vídeo com pedido de desculpas publicado há pouco segue reforçando sua falta de entendimento sobre o serviço oferecido pela Senhora e a importância de uma Baiana de Acarajé que é reconhecida nacionalmente como Patrimônio Imaterial do Brasil.
Revise sua postura no seu vídeo de retratação e busque leituras, vídeos, palestras que te façam entender nossas dores e desejo absoluto por respeito.”

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