O número de matrículas na educação básica no Brasil apresentou queda pelo quarto ano consecutivo. De 2016 até março de 2020, o país perdeu mais de 1,5 milhão de alunos nesta etapa de ensino, que vai desde a creche até o ensino médio.
Os dados são do Censo da Educação Básica 2020, divulgado hoje pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). As informações são anteriores ao fechamento das escolas pelo novo coronavírus e, portanto, não podem ser relacionadas aos reflexos da pandemia no país.
De acordo com os dados do censo, o país tinha, no início de 2020, 47,3 milhões de matrículas distribuídas por 179,5 mil escolas de educação básica. A maior parte corresponde à rede pública, que responde por cerca de 38,5 milhões de matrículas.
Na rede privada, são 8,8 milhões. Entre 2019 e março de 2020, foram registradas cerca de 579 mil matrículas a menos —uma redução de 1,2%. Houve queda nas matrículas da educação infantil e também do ensino fundamental.
No ensino médio, por outro lado, o número de matrículas aumentou pela primeira vez desde 2016, rompendo uma tendência de queda que vinha sendo observada desde então. Mesmo assim, esse crescimento ainda foi tímido: foram cerca de 84 mil matrículas a mais, uma subida de apenas 1,1% em comparação com 2019.
Na educação infantil, que vinha dando sinais de crescimento nos últimos anos —houve aumento de 8,4% nas matrículas de 2016 para 2019—, a queda é puxada por uma redução nas matrículas da rede privada, cujo número de matrículas nesta etapa de ensino caiu 7,1% em um ano. Na rede pública, houve crescimento de 0,5%.
Fonte: UOL