Principal agenda econômica para esse início de 2021, a autonomia do Banco Central (BC), aprovada no Congresso e aguardando sanção presidencial, prevê um fortalecimento na economia do país através da utilização de critérios apenas técnicos e monetários, fugindo da interferência política no órgão.
Líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR) afirmou em entrevista para o programa Isso é Bahia, da rádio A TARDE FM (103.9), que a aprovação do projeto não irá tirar o protagonismo do Executivo na adoção de políticas econômicas em momentos de crise e no combate a desequilíbrios sociais.
“Nós temos a clareza de que a função primária do Banco Central é de estabilizar a moeda, combater a inflação e garantir uma boa administração financeira das reservas cambiais que o país possui. Então se nós damos ao mercado a segurança de que não haverá interferência política na condução da política monetária, teremos juros mais baixos e economizaremos muitos bilhões que poderão ser aplicados em infraestrutura e na ação social, que é o que precisamos neste momento”, avaliou.
Ainda de acordo com Barros, as críticas feitas pela oposição de que tal medida possibilitaria uma maior influência do mercado financeiro na economia e no social do país não procedem e o Senado continuará tendo autonomia para impedir qualquer membro do corpo diretor do banco que agir contra os interesses do Brasil.
“É natural que hajam críticas. A oposição precisa de alguma forma diminuir o impacto positivo de um avanço que foi conquistado em uma matéria que transitava na Câmara por 27 anos. Não existe essa possibilidade, o Senado pode promover o impedimento dos diretores do órgão e de agências reguladoras e com isso controlar a qualidade da gestão que está sendo feita”, ponderou.
Prioridades
No papel de líder do Governo Federal na Câmara, o pepista disse ainda que as prioridades do país nesse momento passam pela aprovação do novo auxílio emergencial e pela vacinação em larga escala da população. De acordo com ele, matérias como a ampliação das agências reguladoras mundiais, que servirão como aprovação automática no Brasil, estarão em pauta nas próximas semanas e pode ajudar a aumentar o cardápio de imunizantes no país.
“As prioridades são a vacinação e o auxílio emergencial. Essas são as prioridades do povo e por isso são as prioridades do Congresso. Nesta semana votaremos a medida provisória que irá definir regras para a aquisição de produtos emergenciais sem licitação e vai aumentar o número de agências reguladoras de Saúde no mundo que poderão servir como aprovação automática no Brasil. Temos que agilizar e aumentar a oferta de vacinas no país”, afirmou.