A Justiça da Itália julgou nesta quarta-feira (19/1) em 3ª instância a situação do jogador Robinho e de seu amigo, Ricardo Falco, acusados de cometerem um estupro coletivo contra uma mulher albanesa em uma boate de Milão em 2013. Nas outras duas instâncias os dois foram condenados a 9 anos de prisão. O jogador condenado novamente nesta quarta.
O julgamento durou apenas meia hora e contou com um colegiado formado por cinco juízes homens e uma mulher.
Ao deixar o tribunal, o advogado que representa o jogador, Alexsander Guttieres, afirmou para o portal Uol que o processo apresentava falhas, sem especificar ou entrar em detalhes sobre quais seriam. A vítima esteve no local.
O crime ocorreu no ano de 2013, na boate Sio Caffé, em Milão, na época em que o jogador atuava pelo Milan. Além do atleta, outros quatro brasileiros foram acusados de estuprar uma moça de origem albanesa na ocasião.
O ocorrido voltou à tona no fim de 2020, quando o jogador foi anunciado pelo Santos em outubro. A repercussão da contratação, no entanto, foi a pior possível. Torcedores do Peixe e de outras equipes condenaram a diretoria e o atleta pela contratação.
Como reação, passaram a cobrar os patrocinadores do clube sobre a chegada de uma pessoa condenada pelo crime bárbaro. As empresas começaram a pressionar a equipe Alvinegra da Vila Belmiro sobre a decisão.null
No entanto, com o assunto em alta, detalhes do processo surgiram na mídia. Entre eles, áudios de uma conversa de Robinho com outro acusado. O jogador debocha da vítima relembrando que ela estava completamente bêbada. Em determinado momento, ele assume que tentou fazer sexo oral com a mulher, mas afirma que isso “não significa transar”.
Com a desistência de patrocinadores e o impacto financeiro iminente, o Peixe recuou e desistiu da contratação.
Dois meses depois, Robinho foi condenado em 2ª instância. A decisão fez com que a atual gestão do Santos, que não foi responsável pela contratação do jogador, pedisse a rescisão do contrato que estava suspenso.