
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, negou nesta quinta-feira (24) ter determinado a realização de blitzes com objetivo de impedir a circulação de eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, durante o segundo turno das eleições presidenciais de 2022.
O depoimento ocorreu em audiência do Supremo Tribunal Federal (STF), conduzida pelo juiz auxiliar Rafael Tamai, que atua junto ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal que investiga suposta tentativa de interferência no processo eleitoral.
Segundo Vasques, as operações realizadas em rodovias federais no dia 30 de outubro de 2022 tinham como finalidade coibir crimes eleitorais, como o transporte irregular de eleitores e tentativas de bloqueio de vias, e não foram concentradas apenas na região Nordeste.
Contudo, de acordo com as investigações, ele teria emitido ordens diretas a agentes da PRF para a execução de operações com o intuito de dificultar o deslocamento de eleitores, especialmente em áreas onde Lula liderava as intenções de voto.
Silvinei Vasques figura como um dos réus do chamado núcleo 2 da ação penal que apura a trama golpista relacionada às eleições. A fase de interrogatórios dos acusados é uma das últimas etapas do processo, e a expectativa é de que o julgamento, que poderá resultar em condenações ou absolvições, ocorra ainda no segundo semestre deste ano.