Um levantamento realizado pelo Observatório do Grupo Gay da Bahia (GGB), a mais antiga organização não governamental da causa na América Latina, revela que o número de mortes violentas de pessoas LGBTQIAPN+ no Brasil teve um crescimento de 13,2% no ano passado em comparação com o mesmo período do ano anterior. As informações são do portal G1.
A pesquisa, realizada há 45 anos, leva em consideração notícias veiculadas na imprensa e correspondências enviadas à ONG. São computados homicídios, latrocínios, suicídios e outras causas de mortes.
De acordo com o estudo, o Brasil registrou 291 mortes de pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ no ano passado, 34 a mais que em 2023, quando no país foram contabilizados 257 casos. Das 291 vítimas, 165 eram gays, 96 travestis e mulheres transgêneros, 11 lésbicas, 7 bissexuais, 6 homens trans e mais 6 pessoas declaradas heterossexuais foram incluídas no levantamento por terem sido confundidas com integrantes da comunidade ou por terem tentado defender vítimas.
A região Nordeste e Sudeste registraram o maior número de mortes com 99, cada uma. Os meios mais utilizados para praticar os crimes foram arma branca (65), arma de fogo (63) e espancamento (32). Os estados de São Paulo, Bahia e Mato Grosso lideram o ranking com os maiores números de casos.
Ranking completo de mortes violentas nos estados:
- São Paulo: 53
- Bahia: 31
- Mato Grosso: 24
- Minas Gerais: 22
- Pará: 16
- Pernambuco: 15
- Rio de Janeiro: 15
- Alagoas: 13
- Ceará: 11
- Maranhão: 10
- Paraná: 10
- Amazonas: 8
- Goiás: 8
- Espírito Santo: 7
- Mato Grosso do Sul: 7
- Piauí: 6
- Distrito Federal: 5
- Paraíba: 5
- Sergipe: 4
- Rio Grande do Sul: 4
- Santa Catarina: 4
- Tocantins: 4
- Rondônia: 3
- Amapá: 2
- Rio Grande do Norte: 2
- Acre: 1
- Roraima: 1