
A ponte que vai ligar Salvador à Ilha de Itaparica terá 12,4 km de extensão totalmente sobre o mar e será pedagiada. As obras estão previstas para começar em 2026 e terminar por volta de 2030. A informação foi divulgada pelo UOL. O projeto será executado em modelo de parceria público-privada pelo consórcio formado pelas empresas chinesas CCCC (Companhia de Construções de Comunicação da China) e CCECC (Corporação de Construção de Engenharia Civil da China), vencedoras da licitação assinada no fim de 2020.
Atualmente, o trajeto entre Salvador e o sul da Bahia é feito por balsa, com custo entre R$ 60 e R$ 80 e duração de cerca de 1 hora, ou pelo contorno da Baía de Todos-os-Santos, percurso de mais de 200 km que leva em média 4 horas. Com a nova ligação, a viagem entre Salvador e Itaparica deve ser reduzida para cerca de 10 minutos.
O pedágio está estimado em aproximadamente R$ 65 por trecho. Haverá desconto para o retorno em até 24 horas, com custo total de cerca de R$ 72, equivalente a R$ 36 por cada passagem. O investimento previsto é de R$ 10 bilhões dentro da parceria público-privada.
A ponte terá um segmento estaiado de 900 metros, projetado para garantir altura de 85 metros e vão de 482 metros, o que permitirá a passagem de navios de grande porte. A travessia ficará posicionada antes do porto de Salvador, reduzindo o impacto no tráfego marítimo.
O projeto também prevê 30 km de novos acessos, a implantação de uma via expressa e a duplicação da BA-001 na Ilha de Itaparica. Estudos técnicos recomendam que pedestres e ciclistas não utilizem a estrutura por causa dos ventos fortes e da inclinação da pista.
Para efeito de comparação, a ponte Rio–Niterói tem 13,29 km de extensão total, dos quais 8,8 km estão sobre o mar. Já a nova ponte baiana terá 12,4 km sobre a água. As empresas responsáveis também participaram da construção da ponte Hong Kong–Macau, atualmente a maior do mundo, com 55 km de extensão.