O presidente Bolsonaro não está satisfeito com os “efeitos políticos” da gestão de André Brandão, presidente do Banco do Brasil, à frente do comando do banco.
Bolsonaro tem discutido o tema com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que tece elogios a Brandão, uma escolha que teve a participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
No entanto, Bolsonaro está irritado com o anúncio de fechamento de agências do Banco do Brasil, que faz parte de um projeto de planejamento de reestruturação do banco, mas o presidente teme o desgaste político da medida em véspera de ano eleitoral. Por isso, nos bastidores do governo, há uma pressão para a troca de Brandão.
Guedes gosta de Brandão e faz elogios ao perfil do presidente do banco. Entre assessores do governo, a avaliação é a de que ele tem boa repercussão no mercado, mas não levou em conta o que chamam de “dimensão política” de medidas envolvendo o Banco do Brasil.
A equipe econômica tenta reverter a irritação do presidente, para manter Brandão no cargo. Mas admite que, desde a sua indicação, o presidente não se empolgou- mas aceitou em respeito a Guedes e Campos Neto.
Reestruturação
Na segunda-feira (11), o BB anunciou o programa de demissão voluntária para 5 mil pessoas, além do fechamento de 361 unidades, sendo que 112 são agências do banco. A reorganização da rede de atendimento deve trazer uma economia líquida anual estimada com despesas administrativas de R$ 353 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhões até 2025.
O objetivo do fechamento das unidades, segundo o banco, é trazer mais eficiência à rede de atendimento, propiciar recursos para abertura das unidades de atendimento especializado e melhorar a experiência do cliente.
Fonte: G1