Sem saber que conversava com golpista, coach brigou com banco para fazer pix de R$ 2.000

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O Pix, sistema instantâneo de pagamentos, que entrou em vigor no final do ano passado e facilitou a vida de muitos brasileiros, também possui um lado negativo. Desde seu lançamento, são inúmeros os golpes que o utilizam como meio. A leitora do Metro1, Ritah Oliveira, de 51 anos, caiu em um deles na última segunda-feira (21) e perdeu R$ 2.100.

O golpe é um dos mais comuns, a partir da clonagem do Whatsapp. Sem saber, a vítima repassa para criminosos o código de autenticação do aplicativo de mensagens e então a conta é clonada em outro celular. A partir daí, os criminosos enviam mensagens para os contatos das pessoas, pedindo dinheiro emprestado por transferência via Pix. 

Foi assim que a escritora, comunicadora e coach Ritah, pensando conversar com seu irmão Bráulio, perdeu o dinheiro. Tudo culminou para isso: ela e o irmão estavam brigados, o jeito de o golpista conversar parecia com o do irmão e, ao ter a transferência interceptada pelo banco, Ritah chegou a ligar para que a empresa liberasse os recursos.  

“Mandaram mensagem para meu número com a foto do meu irmão. Eu sou brigada com meu irmão, só que minha mãe mora comigo. Então eu não posso deixar de ter o telefone dele. Mas ele me bloqueou e eu bloqueei ele. Aí fizeram um número com a foto atual do perfil de meu irmão e mandaram mensagem dizendo: “Olá, bom dia. Agenda esse número novo, porque o outro vai ficar só para trabalho”. E ele fala assim mesmo, e todo dia muda de número”, conta a comunicadora, que compartilhou a história para evitar que outras pessoas caiam no golpe. 

Mas a conversa não parou por aí. “Como eu não tô falando com ele, simplesmente salvei o número pra falar pra mainha. Depois ele colocou uma interrogação no como vai, e como eu tava brigada, coloquei outra interrogação. E isso é praxe, a gente briga e volta. Daí ele falou ‘Desculpa, eu pensei que tava falando com minha irmã’ e eu: “Você é cara de pau, hein””, diz Ritah.

A partir daí, a conversa se deu facilmente. O falso Bráulio pediu um dinheiro emprestado, alegando que o serviço do Pix estava fora do ar em seu banco. Como o irmão tem uma empresa, Ritah não duvidou da necessidade. 

“Eu falei ‘você não tem jeito né?, e acabei transferindo. Na hora que mandei, o banco bloqueou. Eu liguei para eles e falaram que tava passando por uma análise — e eu falei lá ‘Não interessa, o dinheiro é meu'”, conta. 

Só de noite a comunicadora descobriu que não era seu irmão. E logo depois descobriu que os golpistas chegaram a usar o mesmo número para conversar com Bráulio, dessa vez se passando por ela. Ainda usou a mesma frase de Ritah: “Você é cara de pau, hein”. Mas o irmão não acreditou. 

Ritah entrou em contato com os bancos envolvidos e ainda aguarda resposta. Mas conta que outra irmã passou pela mesma situação há dois meses e ainda não recebeu o valor de volta. 

A orientação do Banco Central é que se você foi vítima de um golpe ou fraude, o primeiro passo é registrar uma ocorrência na Polícia, que é responsável por investigar crimes. O Banco Central não tem competência para resolver assuntos criminais e a instauração de ações penais compete ao Ministério Público.

Além disso, recomendam que:

a) Registre uma reclamação no banco no qual o golpista tem conta. Informe a chave Pix, se souber, número da agência, número da conta, nome do beneficiário e o ID da transação (dados aparecem no 

comprovante da transação). Com essa informação, o Banco pode impedir a realização de novos golpes.

b) Informe o suposto golpe também para a sua instituição, que poderá efetuar uma marcação da chave Pix, da conta e do usuário de destino do dinheiro, no intuito de evitar novos casos de golpes, reduzindo o risco para todos os usuários.

O registro das reclamações em ambas as instituições é importante para que o caso seja analisado tempestivamente.

Fonte: metro1

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O Pix, sistema instantâneo de pagamentos, que entrou em vigor no final do ano passado e facilitou a vida de muitos brasileiros, também possui um lado negativo. Desde seu lançamento, são inúmeros os golpes que o utilizam como meio. A leitora do Metro1, Ritah Oliveira, de 51 anos, caiu em um deles na última segunda-feira (21) e perdeu R$ 2.100.

O golpe é um dos mais comuns, a partir da clonagem do Whatsapp. Sem saber, a vítima repassa para criminosos o código de autenticação do aplicativo de mensagens e então a conta é clonada em outro celular. A partir daí, os criminosos enviam mensagens para os contatos das pessoas, pedindo dinheiro emprestado por transferência via Pix. 

Foi assim que a escritora, comunicadora e coach Ritah, pensando conversar com seu irmão Bráulio, perdeu o dinheiro. Tudo culminou para isso: ela e o irmão estavam brigados, o jeito de o golpista conversar parecia com o do irmão e, ao ter a transferência interceptada pelo banco, Ritah chegou a ligar para que a empresa liberasse os recursos.  

“Mandaram mensagem para meu número com a foto do meu irmão. Eu sou brigada com meu irmão, só que minha mãe mora comigo. Então eu não posso deixar de ter o telefone dele. Mas ele me bloqueou e eu bloqueei ele. Aí fizeram um número com a foto atual do perfil de meu irmão e mandaram mensagem dizendo: “Olá, bom dia. Agenda esse número novo, porque o outro vai ficar só para trabalho”. E ele fala assim mesmo, e todo dia muda de número”, conta a comunicadora, que compartilhou a história para evitar que outras pessoas caiam no golpe. 

Mas a conversa não parou por aí. “Como eu não tô falando com ele, simplesmente salvei o número pra falar pra mainha. Depois ele colocou uma interrogação no como vai, e como eu tava brigada, coloquei outra interrogação. E isso é praxe, a gente briga e volta. Daí ele falou ‘Desculpa, eu pensei que tava falando com minha irmã’ e eu: “Você é cara de pau, hein””, diz Ritah.

A partir daí, a conversa se deu facilmente. O falso Bráulio pediu um dinheiro emprestado, alegando que o serviço do Pix estava fora do ar em seu banco. Como o irmão tem uma empresa, Ritah não duvidou da necessidade. 

“Eu falei ‘você não tem jeito né?, e acabei transferindo. Na hora que mandei, o banco bloqueou. Eu liguei para eles e falaram que tava passando por uma análise — e eu falei lá ‘Não interessa, o dinheiro é meu'”, conta. 

Só de noite a comunicadora descobriu que não era seu irmão. E logo depois descobriu que os golpistas chegaram a usar o mesmo número para conversar com Bráulio, dessa vez se passando por ela. Ainda usou a mesma frase de Ritah: “Você é cara de pau, hein”. Mas o irmão não acreditou. 

Ritah entrou em contato com os bancos envolvidos e ainda aguarda resposta. Mas conta que outra irmã passou pela mesma situação há dois meses e ainda não recebeu o valor de volta. 

A orientação do Banco Central é que se você foi vítima de um golpe ou fraude, o primeiro passo é registrar uma ocorrência na Polícia, que é responsável por investigar crimes. O Banco Central não tem competência para resolver assuntos criminais e a instauração de ações penais compete ao Ministério Público.

Além disso, recomendam que:

a) Registre uma reclamação no banco no qual o golpista tem conta. Informe a chave Pix, se souber, número da agência, número da conta, nome do beneficiário e o ID da transação (dados aparecem no 

comprovante da transação). Com essa informação, o Banco pode impedir a realização de novos golpes.

b) Informe o suposto golpe também para a sua instituição, que poderá efetuar uma marcação da chave Pix, da conta e do usuário de destino do dinheiro, no intuito de evitar novos casos de golpes, reduzindo o risco para todos os usuários.

O registro das reclamações em ambas as instituições é importante para que o caso seja analisado tempestivamente.

Fonte: metro1

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