
Dois dias antes do desabamento parcial do teto da Igreja de São Francisco, no Pelourinho, um documento assinado pelo Frei Pedro Júnior Freitas da Silva, da Comunidade Franciscana da Bahia, foi enviado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), alertando sobre uma “dilatação no forro do teto”.
No documento, datado da última segunda-feira (3), o Frei solicitava uma “visita técnica para avaliação da situação e encaminhamento necessário à sua preservação”. No entanto, a inspeção não foi realizada a tempo, e a estrutura cedeu na tarde de quarta-feira (5).
O acidente resultou na morte de Giulia Panchoni Righetto, turista paulista de 26 anos, além de deixar cinco pessoas feridas. Equipes do Corpo de Bombeiros e do Samu prestaram socorro às vítimas, enquanto a Polícia Militar isolou a área.
A Igreja de São Francisco, também conhecida como “igreja de ouro”, é um dos principais pontos turísticos do Centro Histórico de Salvador. Construída no século 18, a igreja já apresentava sinais de deterioração. Em 2023, uma vistoria do g1 constatou pinturas desgastadas, piso desnivelado e pilastras sem reboco.
O IPHAN ainda não se pronunciou sobre o alerta feito pelo Frei antes do desabamento.